Copa Amadora da UEFA

O Veneto festeja a vitória na Taça das Regiões em 2013 (foto: SportsLife)

O Veneto festeja a vitória na Taça das Regiões em 2013 (foto: SportsLife)

Pouca gente sabe, mas sim! Existe um campeonato de futebol amador organizado pela UEFA. Trata-se da Taça das Regiões que em 2015 chega a sua 9ª edição.

O que é a Taça das Regiões da UEFA?
Agora na sua 9ª edição, a Taça das Regiões é uma competição para jogadores que nunca competiram a nível profissional. Disputada pelos vencedores de torneios amadores nacionais – com países menores a serem representados por equipas nacionais -, é uma vitrina para a riqueza de talento existente sob o radar do futebol europeu.

Por que é que importa?
Porque a grande maioria dos jogadores de futebol registados nas 54 federações-membro da UEFA são amadores. “Estes são os jogadores das ‘raízes’ – os rapazes que fazem isto por nada, apenas pelo amor ao jogo”, explicou Gerry Smith, treinador da equipa da Região Leste IRL.

“A Taça das Regiões é algo muito próximo ao meu coração”, acrescentou o presidente do Comité de Futebol Jovem e Amador da UEFA, Jim Boyce. “Sempre disse que estamos a dar aos jogadores que nunca teriam a oportunidade de actuar numa competição da UEFA a oportunidade de fazê-lo. Isso vem acontecendo desde 1998, torna-se cada vez melhor e eu acredito que é um torneio que veio para ficar.”

Gerry Smith, treinador da equipa da Região Leste IRL (foto: SportsFile)

Gerry Smith, treinador da equipa da Região Leste IRL (foto: SportsFile)

Quem, onde e quando?

O torneio realiza-se em seis locais de Dublin e à sua volta, com as partidas da fase de grupos agendadas para sexta-feira, 26 de Junho, domingo, 28 de Junho, e quarta-feira, 1 de Julho, estando a final – entre os vencedores do Grupo A e os vencedores do Grupo B – agendada para o Tallaght Stadium, a 4 de Julho. Jogadores escolhidos dos dois lados da fronteira irlandesa estão a acolher equipas da Polónia, Bósnia e Herzegovina, Croácia, República Checa, Alemanha e Turquia.

O que esperar
A palavra “amador” pode ter conotações negativas para alguns, mas a Taça das Regiões é uma competição para os jogadores que amam o futebol e, para jogar com verdadeira paixão, não há falta de qualidade. Atletas da Taça das Regiões passaram a jogar na UEFA Champions League e nas selecções seniores mas, para muitos dos envolvidos, o futebol profissional nunca foi objectivo. Grande parte dos jogadores aqui tem boas carreiras e preferem manter o futebol como um passatempo em vez de um modo de vida.

Por que a amamos?
Porque é um sonho a materializar-se numa verdadeira competição. A Taça das Regiões é organizada com o mesmo rigor e profissionalismo de qualquer outro torneio da UEFA, proporcionando aos jogadores uma oportunidade única numa vida de trabalhar em conjunto no melhor ambiente possível e experimentar outras culturas futebolísticas. Também terão de actuar sob a orientação especialista de alguns dos mais brilhantes árbitros da Europa.

Muitas equipas, como a da Região Leste da Irlanda do Norte (NIR), na fase final de 2013, usam integralmente os equipamentos das selecções nacionais. James Cully, capitão do Veneto, Itália, disse: “Poder representar o país e só o poder vestir a camisa verde, foi inacreditável. Vivemos a vida de um profissional durante a semana em que estivemos lá. Ir para os estádios com a equipa, a preparação profissional com o treinador, mesmo que apenas depois fôssemos para o aeroporto vestidos com os fatos de treino do país…”.

Sreten Cuk, técnico da equipa de Zagreb, da Croácia, na fase final de 2015, também sabe quão poderoso é o sentimento de representar o seu país para jogadores. “Isso é uma grande vantagem para este lado”, disse. “É algo especial para os jogadores e realmente não tenho quaisquer problemas em motivá-los. Na verdade, até tenho de acalmar a paixão. Os jogadores estão todos orgulhosos de fazer parte disto e trata-se da oportunidade de mostrar o que podem fazer.”

Ganhar, é claro, é destacado por todos os intervenientes envolvidos. O avançado Francesco Gasperato, campeão pelo Veneto em 2013, resumiu o sentimento. “É incrível, lindo, maravilhoso. Amanhã voltamos às nossas vidas normais, de volta ao trabalho na segunda-feira, mas certamente com um sorriso maior. Eu faço o que eu faço realmente feliz. Tenho um filho, a minha companheira e o meu trabalho e jogo futebol quando tenho tempo. É uma paixão. É a coisa que eu mais gosto de fazer e hoje atingiu o auge. A maior alegria da minha vida foi quando meu filho nasceu, e depois há isto.”

Fonte: UEFA.com

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