Fundação: 7 de setembro de 1974
Endereço: Rua Juciri, 125
Uniforme: Camisa com listras verticais em azul e branco; calções e meias azuis
Campo: Rua Juciri, 125
Tudo começou numa quadra de samba. Eram amigos que desfilavam na tradicional escola de samba paulistana Nenê de Vila Matilde. Flori, Pio, Tica, Formiga, Medão, Delei, Neguitinho, Bene, Pedro, Tiça e Canela gostavam de curtir a vida, aproveitando o melhor que ela pudesse lhes oferecer: cerveja, música e, é claro, futebol.
Foi então que, em 07 de setembro de 1974, fundaram a Associação Unidos da Praça da Cidade A. E. Carvalho. Ao nascente clube de futebol varzeano, deram as cores azul, branco e amarelo, mais uma referência à agremiação carnavalesca.
“O nome, Unidos da Praça, surgiu, pois o time se reunia na birosca da Dona Clarice, um bar que fica em frente a uma pracinha de professores”, explica José Carlos da Silva Marfisa, o Gordinho, presidente do clube.
“Nosso símbolo é uma águia segurando uma mão, que representa união, companheirismo e força”, completa Gordinho. “Após uma reunião, decidimos tirar o amarelo do uniforme. Hoje o time é azul e branco”.
Como em quase todos os times amadores, a vida do Unidos da Praça não é fácil. Sem patrocínio e sede própria, o clube enfrenta inúmeras dificuldades. “No momento, não temos nenhum patrocínio. Porém, possuir um campo é um orgulho para nós”, alegra-se o presidente.
No campo, situado a rua Juciri 125, existe uma área onde a diretoria planeja construir uma sede. “Queremos montar uma sede com salão de festas, para reunir o pessoal depois dos jogos e fazer nossas comemorações”, diz Gordinho.
Este mesmo imóvel abrigará ainda, uma escola de computação, mobral e cursos destinados à comunidade carente, principalmente as crianças. “Esses são os nossos planos para o futuro. Gostaríamos também, de desenvolver uma escolinha de futebol”.
Mas, para que os planos saiam do papel, é preciso dinheiro. “Dinheiro é um problema para nós. Eu, com a ajuda do meu irmão, Eduardo Donizeti Marfisa, bancamos o time sozinhos”, lamenta Gordinho. “Ajudamos os jogadores com cestas básicas e agora estamos cercando nosso campo”.
Na atual diretoria do Unidos da Praça trabalham: José Carlos, Eduardo, Pedrão, Kiko, Jacinto, Beto, Sílvio, Gonzaga e Delei, este último, trata-se do único fundador que ainda permanece na equipe.
Quando se fala em Unidos da Praça, o primeiro nome que vem a nossa cabeça é o de José Carlos da Silva Marfisa. O Gordinho, como é conhecido na Cidade A. E Carvalho, é sinônimo de dedicação e empenho à equipe.
“Hoje sou o presidente, mas comecei como jogador. Estreei no time numa partida contra o Alvinegro de Guarulhos”, diz Gordinho que se recorda de cada detalhe. “Lembro-me que nesse dia, havia umas 30 pessoas no vestiário do Praça e não me deram uniforme para jogar. Então, fiquei assistindo ao jogo, que perdíamos por 1 a 0. No intervalo, o diretor Nezico, me apresentou ao técnico Xuxu, dizendo que eu era o atleta que faltava à equipe. O Xuxu mandou um outro jogador me dar seu uniforme e eu entrei em campo. Detonei! Conseguimos empatar a partida e eu nunca mais saí do Praça”.
“Desse dia em diante, comecei a gostar do time. Eu, que era corinthiano fanático, hoje tenho o Unidos da Praça no coração”, empolga-se.
Outras pessoas merecem destaque. “O meu irmão Du é um braço direito, que me ajuda financeiramente a conduzir o clube. Já nas atividades do time, posso contar com o Marcos Eduardo (Kiko), Jacinto, Pedro, Beto, Delei, Gonzaga e Poste”.
Tenho saudade de muitos amigos que passaram pelo Praça e que, na minha opinião, gostavam do time da mesma forma que eu. São eles: Xuxu, Vizinho, Fedo, Paletó, Toninho, Nego, Cão, Taco, Chaveta, Marcão, Canela, Birão, Naylon, Bisqui, Titela, Cambota, Marquinhos, Landinho, Medonha, Gil, Serginho, Careca, Dito, Zoio, Neto, Matuca, Índio, Cissinho, Nei, Robinho, Marcelino e Misso”, finaliza.
O Unidos da Praça é um time muito respeitado e reconhecido na várzea paulistana. Participando de inúmeros campeonatos, festivais e amistosos, o Praça conseguiu importantes títulos e, até um ônibus faz parte da sua galeria de troféus.
Em 1980, quebrou 53 partidas invictas da equipe do Santa Lúcia, vencendo o jogo por 1 a 0 com gol de Bira.
Em 1990, o Praça derrotou o Lagoinha por 3 a 2, com um gol de Edinho e dois de Pascoal, e sagrou-se campeão da Copa Thomaz Mazzoni.
Em 1996, ficou com o 1º lugar na Copa Paulistano do Jardim Coimbra, vencendo o Folha Verde por 3 a 2, gols marcados por Cezinha, Bebeto e Magoo. Neste ano ainda, foi campeão da Copa Bicho Solto em cima do Flamengo de São Miguel.
Em 1997, não podendo participar da III Copa Kaiser, o Praça uniu-se ao 100 Mizéria do Parque Guarani para disputar a competição. “Não fomos campeões por causa da desunião”, considera Gordinho. O misto ficou com o 3º lugar.
“Em 1998, devido uma briga com a equipe do Guaianazes, na qual perdemos um grande amigo, o José Carlos (Bicoza), desistimos de disputar a Copa Kaiser”, lamenta o presidente.
No ano passado, o time foi campeão da Copa Acadêmicos e recebeu um ônibus como troféu. Na final, derrotou o Taboão por 3 a 2, com dois gols de Bebeto e um de Rincón. “Ganhamos ainda do Junior da Portuguesa de Desportos por 3 a 1. Os gols foram marcados por Gisleno, Rincón e Bebeto”.
Referências:
Site do SIMMM
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